Diariamente, dependendo das suas atividades habituais, a sua pele suja-se, devido a transpiração, impurezas, e outros fatores. Por isso, a higiene da sua pele é essencial para remover essas substâncias, que a podem irritar.

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Transpiração

A transpiração passa geralmente desapercebida na vida quotidiana, mas torna-se mais pronunciada quando nos exercitamos ou quando o tempo está quente. Constituída principalmente por água e sais minerais, tem um pH de 4 a 7, o que pode secar e irritar a pele1. A higiene da pele com um produto de higiene sem sabão evitará numerosas complicações cutâneas.

"Limpar a pele é essencial para pessoas com erupções cutâneas secas ou atópicas, porque a transpiração causa frequentemente comichão ou ardor, ou mesmo surtos de eczema".

Dr. Jean-Benoît Montfort, França

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Impurezas e microambiente bacteriano

A pele está naturalmente coberta por impurezas, pó e bactérias. A maioria dessas bactérias são benéficas, mas algumas são patogénicas. A barreira cutânea enfraquecida, da pele seca e atópica, pode deixá-las entrar facilmente no corpo. Esse fenómeno agrava-se quando as lesões cutâneas se tornam inflamatórias. Esses problemas podem ser evitados através de uma higiene suave da pele. A prevenção é melhor do que a cura.

  • expert - JB Monfort
    Dr Jean Benoît Montfort, Dematologista, França.

    «Uma barreira cutânea fragilizada pode apresentar lesões que abrem portas para bactérias e vírus. É importante eliminar esses patógenos para prevenir infeções.2,3 »

     

    Dr Jean Benoît Montfort, Dematologista, França.

2. Como escolher um produto de higiene apropriado

Quando se pretende lavar a pele seca e atópica, deve ter-se o cuidado de não agravar a sua secura. Mas nem todos os produtos de higiene são iguais. Alguns produtos de higiene têm compostos que podem comprometer a fisiologia da pele. Ser capaz de identificar os compostos que podem prejudicar a pele, é uma vantagem para uma higiene suave, que não agrave a irritação da pele seca.

(Entrevista com Nathalie Guittet, Diretora de Formulação dos Laboratórios BIODERMA)

Em geral, os produtos de higiene dermatológica, formulados para pele seca e atópica, garantem um elevado grau de segurança, graças a vários critérios de desenvolvimento.

Para serem ótimas, as fórmulas devem:

Respeitar o pH fisiológico: ao contrário dos sabonetes tradicionais, estes produtos de higiene têm como objetivo respeitar a fisiologia da pele e evitar a remoção dos seus lípidos.

Conter agentes de limpeza, como surfactantes suaves, que capturam a sujidade e são fáceis de enxaguar, de modo a não irritar ou secar a pele.

Ser enriquecidas com certos ingredientes, como polióis, óleos vegetais ou agentes de reposição de lípidos, para fornecer à pele os tão necessários lípidos.

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  • expert - N Guittet
    Nathalie Guittet, Diretora de Formulação dos Laboratórios BIODERMA - Laboratórios BIODERMA.

    Para os Laboratórios Bioderma, outros critérios são também centrais para que possamos garantir a segurança dos nossos produtos.

    Os ingredientes são escolhidos com base na sua afinidade com a pele e na sua capacidade de respeitar o seu equilíbrio natural. São cuidadosa e rigorosamente selecionados, para garantir a sua segurança em termos toxicológicos, regulamentares, técnicos e de rastreabilidade.

    Os ingredientes selecionados são, então, adicionados às nossas fórmulas "apenas nas quantidades certas", ou seja, nas quantidades que garantam a eficácia da higiene e do enxaguamento de um produto, tendo em vista a máxima tolerância. Finalmente, o especto sensorial dos nossos produtos é essencial: mesmo um produto cosmético dermatológico deve ser agradável de aplicar (fragrância e textura).

    Nathalie Guittet, Diretora de Formulação dos Laboratórios BIODERMA - Laboratórios BIODERMA.

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No mundo dos produtos de higiene e hidratantes para pele seca e atópica, existem alguns "falsos amigos". Os chamados produtos "suaves" podem irritar a pele enfraquecida. Como explica o Dr. Montfort, esses produtos contêm por vezes substâncias alergénicas, que podem desencadear alergias de contacto. Esses alergénicos "suaves" podem aumentar o risco de reações alérgicas. É preferível escolher composições simples, contendo poucos ingredientes, sem conservantes nem corantes. As fórmulas de produtos de higiene cosmética, fabricadas em laboratórios, foram especificamente concebidas para respeitar a fisiologia da pele. Os ingredientes são rigorosamente selecionados e utilizados em quantidades que satisfazem as necessidades da pele seca e atópica 2,4.

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O pH da pele é naturalmente ácido. Vai de 5,4 a 5,9. Em resumo, "essa acidez é essencial para manter as funções protetoras da epiderme e as propriedades de adesão das células da pele, bem como para promover a colonização da pele por bactérias benéficas2", acrescenta o Dr. Montfort. No entanto, o equilíbrio da base ácida da pele altera-se em pessoas com eczema atópico. O pH da sua pele aumenta. E limpar a pele seca ou atópica, ao mesmo tempo que se limita as flutuações do pH, nem sempre é fácil. Por exemplo, lavar a pele com água e sabão faz com que o pH aumente durante pelo menos 90 minutos. Por conseguinte, é essencial escolher um produto de higiene que respeite o pH da pele e, portanto, o equilíbrio cutâneo2.

Em resumo, esteja atento às reações da sua pele. Ela irá reagir quando algo não estiver bem. Saberá rapidamente qual a parte do seu ambiente ou estilo de vida que necessita de ser alterada. A ciência tornou possível desenvolver produtos eficazes e respeitadores, adequados para a pele seca e atópica, e que satisfazem as suas necessidades.

Redescubra a sensação de pele relaxada após o duche, para seu maior prazer.

 

Referências:
1.  Baker LB. Physiology of sweat gland function: the roles of sweating and sweat composition in human health. Temperature (Austin) 2019;6(3):211-259
2.  Oszukowska M et al. Role of primary and secondary prevention in atopic dermatitis. Postepy Dermatol Alergol 2015;32(6):409-420
3.  Waldman A et al. Atopic dermatitis. Pediatr Rev 2018;39(4):180-193
4.  Abels C and Angelova-Fisher I. Skin care products: age-appropriate cosmetics. Curr Probl dermatol 2018;54:173-182