O sol não afeta toda a gente da mesma forma. Independentemente do fotótipo, alguns tipos de pele têm sensibilidades específicas que exigem uma proteção adequada durante a exposição solar. Isto inclui pele com tendência para vermelhidão, pele com manchas, pele reativa ou alérgica, pele fragilizada, pele com hiperpigmentação e a pele das crianças. O sol pode agravar alguns destes tipos de pele e até tornar-se perigoso noutros casos.
Exposição solar
Como proteger a pele sensível e a pele das crianças do sol
Tempo de leitura : 4 min
Qual é o impacto do sol na pele com tendência a vermelhidão?
Seja devido a vermelhidão temporária, duradoura, rosácea ou couperose, algumas peles sensíveis reagem facilmente a determinados estímulos. O calor e a radiação UV são dois fatores que favorecem a vasodilatação.
Quando exposta ao sol, a microcirculação dilata-se e torna-se mais visível, sobretudo em pessoas com pele clara e fina, que são naturalmente mais propensas a vermelhidão. Se tens este tipo de pele, deves proteger-te com produtos formulados especificamente para prevenir o agravamento da vermelhidão.
Como reage a pele com tendência a acne quando apanha sol?
O sol pode ser um falso amigo para adolescentes e adultos com pele acneica. No início, parece melhorar a pele ao secar as imperfeições. Mas o bronzeado engrossa a epiderme, o que bloqueia progressivamente os poros. Isto dificulta a saída natural do sebo, que já é mais espesso na pele acneica.
Quando o bronzeado desaparece, surgem frequentemente novas imperfeições porque os poros estiveram semanas bloqueados e o sebo acumulado não conseguiu fluir.
Dermatologista
É o clássico efeito rebote após a exposição solar.
Se tens pele com tendência acneica, deves proteger-te com protetores solares adequados à pele oleosa, que ajudam a regular o sebo, melhorar a textura e evitar este efeito. Normalmente têm um acabamento matificante e, por vezes, versão com cor.
Que cuidados exige a pele reativa, intolerante ou com tendência a alergias?
Por definição, a pele sensível, intolerante ou alérgica reage de forma exagerada ao ambiente. Por isso, a exposição solar direta deve ser evitada. Ainda assim, é essencial aplicares um fotoprotetor adequado, mas é importante distinguires o tipo de sensibilidade:
Pele fotossensível: não deve ser exposta ao sol. Pode ser causada por condições de saúde ou tratamentos médicos. Nestes casos, é indispensável um protetor FPS 50+ / UVA 50 para limitar reações inflamatórias graves.
Alergia a filtros químicos: algumas pessoas são alérgicas a filtros químicos usados na proteção solar. Nestes casos, recomenda-se proteção exclusivamente mineral, hoje em dia muito mais confortável e sem o acabamento esbranquiçado de antigamente.
Alergia solar (erupção polimórfica à luz): surge muitas vezes nos primeiros dias de verão e afeta maioritariamente mulheres jovens. Não é grave, mas causa vermelhidão, borbulhinhas e comichão intensa. O ideal é usares um protetor com cobertura equilibrada UVB/UVA (relação 1:1), para prevenir tanto queimaduras como reações alérgicas.
Quais são os riscos para pele fragilizada ou com manchas?
Se fizeste um procedimento cirúrgico, estético ou tiveste uma lesão numa zona exposta ao sol, corres maior risco de hiperpigmentação caso a cicatrização ainda não esteja concluída.
A recuperação total pode levar de 8 a 12 meses ou mais. Enquanto a pele não estiver totalmente regenerada, a marca pode escurecer e tornar-se permanente. O risco é constante, tanto no verão como ao longo do ano, porque os raios UVA atravessam nuvens e vidros.
Se tens pele fragilizada ou manchas, é essencial aplicares proteção solar adequada diariamente nas zonas expostas.
Quase uma em cada sete pessoas tem herpes labial*. A exposição ao sol é um dos fatores que podem desencadear o problema, tal como o stress e a fadiga. Existem sticks solares especialmente formulados para ajudar a prevenir as lesões nos lábios durante o verão, ao mesmo tempo que protegem a pele sensível desta zona dos efeitos do sol.
*J Am Acad Dermatol. 2006
Quais são os bons hábitos de cuidados com o sol a seguir com as crianças?
Antes de mais, mantém as crianças à sombra e veste-as com roupa de proteção!
É sempre melhor evitar que as crianças estejam ao sol, na verdade, bebés com menos de três meses NUNCA devem ser expostos. A pele infantil é fina, frágil e tem menos defesas contra os raios UV, por isso, as queimaduras solares e a insolação acontecem muito mais depressa. Os médicos recordam frequentemente que as queimaduras solares na infância podem ter consequências sérias mais tarde na vida. Como pai/mãe responsável, há algumas regras essenciais a seguir:
- Não exponhas as crianças intencionalmente ao sol, especialmente entre as 11h e as 16h;
- Veste-as com roupa de proteção: chapéu, óculos de sol e uma t-shirt de manga comprida, idealmente de cor escura;
- Aplica um protetor solar FPS 50+ de alta proteção, ou um produto especificamente formulado para crianças, a cada duas horas. Não te esqueças de reaplicar depois de cada mergulho ou sempre que a pele for friccionada (brincar na areia, secar com a toalha, etc.);
- Dá-lhes água com frequência ao longo do dia para garantir uma boa hidratação.
Dicas para todos os tipos de pele ao sol
Durante os períodos de exposição ao sol, lembra-te de manter a pele bem hidratada e de continuar a usar os teus produtos de cuidados habituais, a menos que um médico te aconselhe o contrário. É especialmente importante consultares um profissional de saúde se estiveres a utilizar tratamentos que possam causar fotossensibilidade.
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