O impacto psicológico causado pela acne é uma realidade para adolescentes e adultos em todo o mundo. Como evitar que estas imperfeições afetem a tua vida social, afetiva e, ainda mais importante, a tua autoestima?
Pele oleosa com tendência acneica
O impacto da acne na auto-estima
Tempo de leitura : 3 min
Desconforto na pele – um desafio diário
Durante a adolescência e a idade adulta, marcas, acne e pontos negros são, muitas vezes, fatores que influenciam o nosso equilíbrio emocional. E não é surpresa, já que vivemos numa sociedade muito focada na imagem. Segundo um estudo, 8 em cada 10 adolescentes acreditam que “a aparência pode determinar o sucesso da vida futura”¹.
Na adolescência, a acne aparece num momento sensível, em que estamos a construir a nossa identidade, cheios de dúvidas e com aquela vontade enorme de pertencer a um grupo. O lado positivo é que, como a maioria dos adolescentes passa pelo mesmo, isso pode ajudar a aliviar um pouco a pressão.
Na idade adulta, a situação pode ser ainda mais complicada. As borbulhas surgem, sentimo-nos diferentes e, acima de tudo, parece-nos profundamente injusto. Todas as manhãs olhamos para o espelho com ansiedade, à procura de uma forma de manter a calma. Não é fácil lidar com acne quando supostamente “já deveríamos ter ultrapassado essa fase”.
¹ IPSOS 2015
A acne não define uma pessoa
Quando lidamos com acne, é comum acreditarmos que é a única coisa que os outros veem e que esse problema nos define antes de qualquer outra característica. A pele com tendência acneica pode ser uma grande fonte de complexos e insegurança, o que acaba muitas vezes por afetar as relações. Mas lembra-te: tu és muito mais do que a tua acne. Não deixes que isso ocupe todo o teu pensamento ou desequilibre o teu bem-estar emocional.
Hoje em dia, fala-se cada vez mais sobre os desafios associados à acne. Muitas celebridades juntaram-se ao movimento #bodypositive, que combate a discriminação com base na aparência e as consequências que isso traz.
Há quem se sinta totalmente confortável com a própria acne — e está tudo certo. Mas se não for o teu caso, a melhor forma de recuperares a tua confiança e amor-próprio é tratar o problema. Podes pedir apoio ao teu farmacêutico para escolher os produtos certos ou consultar um dermatologista para uma abordagem mais completa.
Toma o controlo da tua acne
Viver melhor com a tua acne significa saber controlá-la. Há várias formas de o fazer, mas o objetivo é sempre o mesmo: não deixares que as imperfeições te definam e não permitires que ocupem um espaço demasiado grande na tua vida.
Espremer. É quase instintivo, eu sei — parece que estamos a “fazer alguma coisa” para nos livrarmos das borbulhas. Mas é a pior estratégia. Espremer só agrava a inflamação e aumenta o risco de marcas e cicatrizes.
Tentar tudo e mais alguma coisa. Desde as ideias mais mirabolantes da tua avó aos múltiplos cremes e mudanças constantes na rotina. Esta abordagem só baralha a tua pele e raramente traz resultados.
Atacar a tua pele. Lavar com sabonetes agressivos, usar produtos de higiene irritantes ou esfoliar de forma intensa não vai “acabar com as borbulhas”. Pelo contrário, deixa a pele sensibilizada, irritada e ainda mais reativa.
- Adotar uma rotina de limpeza adaptada à pele oleosa e mantê-la mesmo nos dias em que não usas maquilhagem. Lembra-te: lavar o rosto duas vezes por dia é um passo básico e essencial para manter a pele saudável.
- Usar maquilhagem com bom senso para disfarçar imperfeições e garantir que escolhes produtos que não obstruam os poros.
- Consultar um dermatologista para receberes um tratamento personalizado, adequado à gravidade da tua acne. O critério mais importante é o impacto que as borbulhas têm no teu bem-estar emocional. Tem presente que tratar a acne exige uma estratégia a longo prazo — os resultados definitivos podem demorar semanas ou meses. Ainda assim, as primeiras melhorias costumam surgir rapidamente, sobretudo se seguires as recomendações do médico.